quinta-feira, 23 de maio de 2013

Nomes americanos? Nomes estranhos! - SQN ou SQS?

Será que só aqui nos EUA que a gente encontra pessoas com nomes de coisas? Estou falando de substantivos concretos e abstratos que passam a ser próprios. Ainda não está entendendo do que estou falando? Pode deixar que eu explico!
Vamos começar com os nomes brasileiros. O meu é Suelen, e o seu? Fernanda, Raquel (ou Rachel), Carlos, Marcelo? Não interessa qual seja, na grande maioria os nomes no nosso país costumam ser nomes, de pessoas, entende? Apesar de que eu acho que li em algum lugar sobre um casal que se conheceu na internet e decidiu batizar o filho de Facebook! Não sei qual era o sobrenome, mas já tenho dá da criança só de pensar no bullying que vai sofrer na escola. Afinal, Facebook é nome de um site, não de uma pessoa e acho que os brasileiros não estamos preparados para isso, rs!
Pelo menos eu acho que é assim que a maioria de nós pensa. Já aqui, é outra história. Apesar de conhecermos os nomes de sempre, como: Sarah, Paul, Clair, Michael, etc, existe um grande número de nomes aqui que pra mim é bem fora do normal. Se você não consegue pensar em nenhum, deixe-me ajuda-lo. Você já viu o nome Rain (Chuva) em algum filme? Ou que tal April (Abril)? Talvez já tenho visto o nome London (Londres)?
Já está se perguntando o mesmo que eu me perguntei quando prestei atenção no que eu estava ouvindo? Por que será que eles fazem isso? Imagina se você conhecesse alguém chamado Londres. Seria no mínimo estranho. E a vontade de rir então?! Não que Londres seja uma palavra engraçada, pelo contrário, já me vem à cabeça toda aquela seriedade britânica, mas que é estranho uma pessoa receber nome de “algo”, isso é! Mas, mil perdões se por acaso você resolveu batizar sua filha de Chuva!
Além de serem dados nomes que não de pessoas, muitos deles aqui também são unissex! Ou seja, serve tanto para homem, quanto para mulher. Se você não acredita em mim, tente dar uma passadinha no Google e “perguntar pra ele” sobre Chandler, Peyton, Charlie, Alex, Drew, Jesse, Sam, etc... Pois é, confuso né?! Imagina na infância, coitada dessas crianças! :p
Talvez eu esteja exagerando, tenho certeza de que em algum quanto do Brasil deve existir alguém chamado Agosto, da mesma forma que o mês sim! Aqui tem August. Já vi mais de um pessoalmente, fora os que ouvi na TV. Sei que no Brasil tem Agostinho, ou Augusto. Será que vem do mesmo August dos EUA?
E você? Sabe de nomes estranhos? Diferentes? Só quero deixar claro que eu não tenho a intenção de ofender ninguém, afinal nome por mais comum ou incomum que seja, serve para nos identificar e mostrar ao mundo que cada um é único. Minhas host kids tem substantivos abstratos como nomes. Caso vocês não saibam tenho duas meninas chamadas Faith (Fé) e Trinity (Trindade). As duas receberam nomes que podem ser encontrados na bíblia. E acho que nunca ouvi falar de alguém com o de Fé, muito menos de Trindade. Mas só sei que as duas palavras soam muito bem como nomes delas.
Não esqueça de me contar se souber algum nome interessante. Essa coisa de nome aqui nos EUA pegou mesmo pra mim ;)
Xoxo
Sue

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Afinal, opinião é igual bunda, né?!

Semana passada uma amiga au pair veio aos Estados Unidos para visitar sua host family, algumas amigas; e claro, fazer compras! Rs... Essa amiga tem opiniões totalmente formadas com relação à religião e costuma seguir os mandamentos da bíblia, igreja, etc e tal. Até aí, tudo bem! Eu nunca escolhi minhas amizades de acordo com religião, orientação sexual, cultura, partido político, raça, classe social ou qualquer outra coisa que você encontre para diferenciar alguém de um todo! Sempre procurei ter uma mente aberta e tentar entender a cabeça de cada um e os motivos que levaram a pessoa ao ideal que segue.

O problema é que eu sou taurina. Para quem não sabe o que o meu signo zodiacal tem a ver com isso, vou te contar que um dos defeitos do taurino é ser teimoso, às vezes até de mais! Não sei se é realmente por ser taurina que sou teimosa, só sei que vez ou outra tenho problemas por causa da minha teimosia.

E com essa minha amiga, a teimosia minha que se sucedeu foi que eu não me cansei de procurar argumentos que a fizessem achar a bíblia um livro “ultrapassado” e que apesar de conter bons ensinamentos, não pode mais ser seguido ao pé da letra, da mesma forma que foi há muitos anos, nos dias de hoje. Além disso, acho que eu também passei um pouco dos limites quando fiquei argumentando sobre os absurdos que pessoas que vão à igreja dizem sobre gays.
A discussão conversa foi tão longe que nós duas (e mais algumas outras amigas presentes) já não tínhamos mais um sorriso no rosto na hora de dizer tchau e eu estava muito nervosa com tudo que ouvi. Quando cheguei em casa, resolvi postar uma mensagem muito agressiva no Facebook dizendo que pessoas com determinada opinião, que eu não concordo, podiam basicamente esquecer que eu existo.
Não era isso que eu queria fazer. Eu não queria que minha amiga se esquecesse da minha existência. Eu tinha uma opinião e queria ser ouvida e ver pessoas concordando comigo. Mas por que eu tinha que fazer isso assim? Por que eu tinha que ofender as crenças de alguém que é importante para mim? Só para provar que eu “estou certa” ? Se é que eu estou certa...
Muito drama depois, essa amiga e eu fizemos as pazes. É claro que teve que rolar desculpas das duas partes, pois nós duas dizemos coisas que ofenderam a outra. Mas eu fiz muito pior... E isso não é legal! Sabe, eu acho ótimo ver pessoas lutando pelo o que elas acreditam! Talvez seja por isso que eu seja tão teimosa e não me convença a parar enquanto não fizer o outro concordar comigo. Talvez... Ou talvez eu simplesmente seja muito arrogante para aceitar o que eu não entendo. Espero que não, pois só de pensar nisso já fico brava comigo mesma!
Eu sei que é impossível agradar a todos. Nem Jesus conseguiu! E sim, eu acredito em Deus e sou cristã, só não concordo com o que muitas igrejas fazem... Mas isso é tópico para um outro post! No momento, eu ainda estou digerindo tudo que aconteceu. Apesar de termos feito as pazes, eu ainda não me sinto “normal” como antes de tudo. Desde então, tenho tentado muito parar para pensar antes de dizer alguma coisa. Estou cada vez mais me colocando no lugar dos outros para sentir na pele o que vai ser metralhado pela minha boca e analisar o quanto machuca ou agrada... Não estou tentando agradar ninguém e viver fazendo a vontade dos outros enquanto me esqueço das minhas, mas por que não ser mais razoável e compreensiva? Por que não colocar essa mente aberta que eu acho que tenho em funcionamento e mostrar que entendo que existem pessoas que pensam diferente de mim, sem que eu precise ofender opiniões alheias?
Não é fácil, mas não é impossível. Basta querer viver em comunhão e amar o próximo. Tirar coisas boas daquele livro ultrapassado, pois certas coisas nunca ficarão velhas! Além disso, é sempre bom ouvir o que os outros tem a dizer. Foi ouvindo que aprendi muitas coisas que eu nem faia ideia da existência. E acredito que temos dois ouvidos e uma boca por uma razão bem simples que você já deve conhecer.
Eu sei que não sou a única teimosa no mundo... Será que tudo isso aconteceu só por causa da minha teimosia? Só sei que não vale a pena perder uma amizade por causa de opinião!
E você? Como age com relação às diferentes opiniões do mundo?
Uma ótima semana,
Su

terça-feira, 7 de maio de 2013

Coleção de livros que ainda quero ler, serve?

“Ai que legal! Vc faz coleção!” Eh isso que eu dizia quando encontrava alguém com coleção de qualquer coisa. Podia ser de papel de carta, de tampinha de garrafa, de bichinho de pelúcia da Parmalat, não importava, eu sempre ficava de boca aberta quando via aquele monte de coisa que era a mesma coisa! Até hoje eu não sei o que me deixava mais admirada, se o fato da pessoa perder o tempo dela coletando um monte de coisa que era praticamente a mesma coisa ou o fato da pessoa conseguir guardar coisas e eu só conseguir perder coisas! Rs...
 Quando eu era criança, eu morava com os meus avos e mais três tias e mais dois primos mais novos do que eu. Isso foi dos meus 4, 5, 6, anos (realmente não me lembro) até os 12. E foi sempre complicado guardar ou até mesmo ter um espaço que fosse só meu para eu colocar algo que eu quisesse colecionar! Jah tinha que dividir o quarto, os brinquedos, e... Era só isso que me pertencia (as minhas roupas só serviam pra mim mesmo!). Então eu acho que quando eu ia à casa de alguém que tinha um numero de pessoas mais normal dentro de casa e que tinha espaços que seus irmãozinhos, priminhos, sobrinhos, vizinhos xeretas não iam mexer, ficava muito impressionava e tinha aquele sentimento de que uma coleção era algo muito legal e que eu queria uma!
Eu tentei colecionar brinquedinho de Mc Lanche Feliz, de Kinder Ovo, tentei papel de carta (coisa mais sem graça! rs...), bonequinhos da copa da Coca-Cola, bonecas da Barbie (minha mãe eh que não deve ter gostado disso), CDs da Chiquititas (ai já não era bem coleção neh?!), enfim... Nada resultou em uma coleção digna de se estampar na parede ou qualquer canto do meu quarto!
Resolvi desistir. Botei na cabeça que coleção não eh para mim. Pra que? Que besteira, como se papel de carta fosse valer algo um dia! Afinal, só assim que coleção vale a pena, se for de algo valioso, tipo carro esportivo! Rs... Até que eu cheguei aos Estados Unidos!
Logo na minha primeira semana aqui, reencontrei com a palavra coleção. Algumas pessoas estavam trocando as moedas dos seus respectivos países para terem moedas de paises diferentes. No momento achei que seria legal se vc tivesse ido até o pais para pegar uma moeda de lá. Mas acho que conhecer alguem de algum outro canto do mundo também vale a pena e eh algo que deve ser registrado. Ter uma moeda que te foi dada por alguém da Macedônia, eh algo que não acontece todo dia!
Eu devagar que sou, só fui descobrir isso tarde demais, quando já estava nos Estados Unidos e não tinham mais moedas brasileiras comigo pra trocar com ninguém! Então fiquei meio assim de querer ficar pedindo, sem nada para dar em troca.
O tempo passou e eu descobri depois de uns bons meses aqui nos Estados Unidos que as moedas de 25 centavos não são todas iguais! Elas têm no verso imagens que representam os estados americanos. São 50 estados, então pelo menos 50 diferentes moedas eu deveria ter se quisesse finalmente colecionar algo! Além dos estados, existem também imagens de parques, ou que representam outros países que pertencem aos Estados Unidos.
A questão eh que eu finalmente comecei a colecionar algo. E até que me sai (estou me saindo) bem! O problema eh que agora que meu tempo aqui esta se esgotando, fico me perguntando o que eu deveria fazer com essas moedas... Leva-las comigo pro Brasil? Vai ser praticamente impossível continuar a-coleção de lá, já que só vou fazer uso do Real e dizer bye-bye Dólar quando eu for embora. Não sei se eu deveria simplesmente gasta-las! Rs... Ou será que eu não continuo a colecao, mas as mantenho comigo e marco isso como o fim da minha jornada (filosofando agora!)?
E voce? Coleciona ou colecionava algo? Conta pra mim :)
Terça-feira chuvosa e com cólica! Ninguém merece.
Amanha já eh a metade da semana! Yayyy...
Beijos
Sue

domingo, 5 de maio de 2013

Contagem regressiva

E Maio finalmente chegou! E chegou com a noticia de que meu voo para o Brasil foi finalmente agendado! Isso eh estranho! Muito estranho...
Quando você decide que vai ser au pair e que vai morar em outro pais, você sabe que esta deixando a sua familia, os seus amigos, a sua vida, para um dia voltar pra casa e encontrar tudo da forma que você deixou... Mesmo que mudanças tenham acontecido, provavelmente nada foi tao extremo e você pode retomar do ponto em que largou... Mas e agora?
Eu tenho menos de 3 meses nos EUA! Menos de 3 meses de uma vida de 2 anos que aconteceu aqui. E agora eu estou voltando pra casa e não posso pensar da mesma maneira que pensei quando deixei o Brasil. Minha host family jah fez a escolha da nova au pair. Meus amigos daqui vao voltar para suas casas nos seus respectivos países e sabe lah Deus quando vou ve-los novamente. Mesmo que eu resolve voltar para o EUA, a minha vida de au pair vai ter terminado e nada sera da mesma forma.
Eu estou muito feliz pela fase que se aproxima. Saber que vou rever a todos eh um sentimento que soh eu sei o quanto me alegra. Mas eh tao triste esse fim! Claro que se eu quiser voltar um dia, posso ser muito feliz aqui de novo, mas a vida de agora, com as pessoas de agora, jah não volta mais...
Eu estou feliz, mas estou triste! Isso eu senti quando deixei o Brasil. Aiiii que bando de sentimentos que nos deixam loucos! Rs...
A próxima au pair chega na casa em dois meses. Nos vamos trabalhar juntas por 2 semanas... Espero que ela seja uma boa au pair pq minhas kids merecem! Rs...
Vamos trabalhar juntas por duas semanas. Durante a primeira ela me observa e tenta tomar partido de algumas coisas, e na segunda ela trabalha sozinha e eu fico de olho nela para ver se ela tem tudo que precisa para aguentar! Eu acho que ela vai se dar bem :)
Eh isso ai... Contagem regressiva!
 
Boa semana  e beijos
Su

quinta-feira, 25 de abril de 2013

♫ Não tenho mais o tempo que passou... ♪


Mas tenho muito tempo?
Na ultima segunda-feira foi meu aniversario. Dia 22 de abril. Uma data importante não só porque eh a minha data (rs), mas também eh o dia do “descobrimento” do Brasil, dia da Terra, e provavelmente dia de algumas outras coisas das quais eu não sei!

A questão eh que eu fiz 25 anos. Wow! Um quarto de um século. E apesar de eu não me sentir diferente, tenho que dizer que a idade pesa. Eh engraçado porque quando eu converso com pessoas casadas e com filhos e essas pessoas já passaram dos seus 35, 40 anos, elas sempre me dizem “imagina, você eh tão novinha, tem a vida toda pela frente!”, quando conversei com minha avó no meu dia então, foi até melhor, ela me disse que minha vida esta começando agora! Então por que eh que estou sentindo algo dentro de mim me dizendo que meu tempo esta se esgotando?
Eu sei que disse que não me sinto diferente. E eu quero dizer que não me sinto velha como eu achava que estaria quando eu tinha meus 16, 17 anos e pensava no futuro. Aos 16, 17, eu tinha planos de já estar casada e com filhos aos 25. Pelo menos com um dos 3 que eu queria ter! Eu nunca fui daquele tipo de pessoa que sempre falava “Filho? Só depois dos 30 anos!”. Conforme eu fui crescendo e meus amigos também, e nos aproximávamos dos 20, 21, 22, a frase mudou para “Filho? Só depois dos 40!”. Mas pra mim não. Eh claro que eu já não pensava que teria o primeiro filho até os meus 25, mas agora que tenho 25, me pergunto se isso vai acontecer antes dos 30.
E eu nem quero ter filho agora, penso que daqui uns anos, depois de casada, estável, feliz de ter chegado aonde quero chegar na minha carreira. Só que quando eu olho pra trás e analiso o que eu fiz com a minha vida até os 25, não deixo de me perguntar quanto tempo ira levar para eu passar por tudo isso e ainda ter filho antes dos 35? Talvez? Que eh a idade máxima recomendada pelos médicos para termos o primeiro filho. Será que a medicina vai avançar o suficiente para me garantir uma gestação saudável quando eu passar dos 35? Eu espero que sim. Ou, será só por Deus que meu milagre vai acontecer sem problemas!
Eu adoro fazer aniversario! Adoro que as pessoas se lembrem de mim com carinho e me digam aquelas mesmo que poucas palavras que nos mostram o quanto somos queridas! Mas, depois dos meus 21, 22 anos, comecei a fazer essa bendita analise da minha vida e acredito que a sensação piora um pouquinho a cada ano. Acho que a coisa ficou feia mesmo depois da faculdade. Toda aquela coisa de se formar e dali nada sair... Pensar no tempo e dinheiro investido e continuar a se desiludir com a realidade profissional. Enfim, esse assunto esta meio que superado para mim. Mas foi isso que elevou o nível de preocupação com meus sonhos X tempo.
Antes de vir para os EUA, meus objetivos de vida eram basicamente carreira, casamento, filhos. Agora que eu conheci a vida com outros olhos, descobri coisas novas, aprendi, conheci, vivi... Meus objetivos vão além do que eram antigamente. Ainda há tantos lugares que quero conhecer, experiências que quero viver, gostos que quero sentir. E acho que vai ser difícil fazer isso se eu tenho que me preocupar com a hora de dormir das crianças. E pra mim a questão eh: será que eu já não deveria ter feito tudo isso? Será que eu não estou atrasada com a minha vida?
Meu programa de au pair esta quase acabando, e apesar de eu estar super empolgada com essa nova fase que vai começar de volta na minha terra, também morro de medo de não conseguir fazer tudo o que quero, antes que o tempo se acabe. Espero que seja só uma crise... Sei lá, existe crise dos 25? Quando tempo demora para eu me sentir bem? Tomara que seja rápido...
Tomara que eu ainda tenha todo o tempo do mundo!
Beijos e boa quinta-feira!
Su

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Qual é a sua graça?

“Hello, my name is Suelen. Nice to meet you!

Suelen!

Su-eh-len!
Suuuu – eehhhh – len! No, LEN!
Yes, that’s it! “
Eh tudo isso que eu digo quando me apresento a alguém aqui nos Estados Unidos! Digo tudo isso e no final estou pensando “você não passou nem perto do correto, mas fazer o que?”.
Eu não sei vocês, mas eu sempre gostei do meu nome no Brasil! E acho que agora deve estar comum porque minha mãe me disse que tinha uma Suelen em alguma novela da Globo. Não sei se o dela eh soletrado da mesma forma que o meu, mas a pronuncia eh a mesma. E quando eu era criança, raramente encontrava alguém com o mesmo nome que eu. Algumas pessoas que nunca tinham ouvido o meu nome, podiam até dizer “Sueli?”, mas eu sempre corrigia e geralmente a duvida acabava logo em seguida. No máximo, não sabiam escrever o meu nome. Mas pronuncia-lo nunca foi um problema!
Até que eu resolvi ser au pair! Começou com a minha host mom no Skype. Ela falou algo do tipo “Hi Su – ellll, how do you say your name?” Hahaha... Dou risada agora, porque na época eu não fazia ideia. Pois eu me lembro de quando eu tinha uns 13, 14 anos e tinha começado meu curso de inglês. Algumas vezes encontrava o nome “Sue” perdido em algum dialogo ou texto e eu sabia que a pronuncia era “Su”, como as 3 primeiras letras do meu nome são S, U e E, botei na minha cabeça que meu nome deveria ser americano e que o “Sue” que eu via nos livros, era abreviação de Suelen! Nunca me dei ao trabalho de perguntar a algum professor, ou de fazer uma pesquisa mais precisa no Google. As poucas vezes em que eu pesquisei, só encontrei que Suelen era variação de Sueli, e não gostei de ter um nome variado! Rs... E acho que nem fiz questão de saber aquelas coisas de significado do nome, etc.
Quando eu perguntei pra minha mãe de onde foi que ela tirou meu nome, ela disse que uma tia que ela gostava muito, tinha sugerido e que ela gostou. Diz ela que acha que a tia viu o nome em algum filme. Ou seja, nada eh certo. Não se sabe o nome do filme, se foi mesmo em um filme, quem era a atriz, se o filme era brasileiro, se meu nome foi registrado da forma correta... E eu sempre achando que Suelen deveria ser comum nos EUA! Mesmo que eu nunca tivesse ouvido esse nome em filme, serie, seriado, minissérie, documentário, propaganda, musica, ou qualquer outro tipo de mídia disponível. Dentro de mim existia uma esperança de que nesse pais, meu nome não era um nome estranho!
Ou seja, vocês devem imaginar a minha frustração quando tive que repetir meu nome tantas vezes para os primeiros norte-americanos com quem conversei! Ahhh, e não somente para os americanos, para os europeus, latinos, asiáticos. Tirando os brasileiros, ainda não conheci uma nacionalidade que saiba dizer o meu nome da forma que eu o conheço! Para piorar, existem lugares como a Starbucks que querem saber o seu nome para escrever nos copos de café deles! Meu, porque não usam um numero, uma sequencia de letras? Cores preferidas! Rs.. Qualquer coisa, mas algo que todos possam dizer e não fazer a pessoa passar por aquele momento super agradável em que todo mundo fica te olhando!
Bom, acho que depois de uns 3, 4 meses de EUA, decidi que meu nome seria Sue. Não quis saber se Sue era apelido/abreviação de Susan ou Susana, que foram os únicos nomes que eu descobri terem Sue como apelido, eu primeiro digo “Sue” e se a pessoa pergunta, digo o nome do jeito que ele eh, tentando fazer cara de gentil enquanto repito meu nome algumas varias vezes, até que a pessoa quase acerta e eu digo um “good job!” pra ela ficar feliz! Hahaha...
E vocês? Jah passaram por situações parecidas com seus nomes? Gostam mais dos seus nomes no Brasil ou em outros lugares do mundo?
xoxo
SU – EH – LEN

quarta-feira, 17 de abril de 2013

5 coisas que odeio em ser au pair


Vocês sabem que esse negocio de ser au pair eh bem louco. Tem horas que nos sentimos as pessoas mais realizadas do mundo por estar vivendo num dos países mais importantes na face da terra, e tem horas que a gente vive se perguntando por que raios resolveu morar de favor na casa dos outros!
Eh claro que “de favor” eh só maneira de dizer, afinal a gente trabalha e paga caro por isso.  Mas acho que para muitas famílias, esse eh o pensamento que se sobressai , o de que a au pair tem mais eh que agradecer o teto que tem sobre a cabeça... Eh cada uma viu?!
Hoje eu vou falar de coisas que odeio na vida de au pair.
1.       Morar na casa dos outros!
Eu juro que achei que isso sempre fosse uma das coisas que eu mais iria gostar em ser au pair. Afinal, que maneira mais fácil de vivenciar a cultura americana, se não morando com os americanos? Não vou dizer que não suporto, porque existem muitos lados positivos nisso, como não pagar aluguel, não gastar com comida, não se preocupar com as contas da casa... Fora o fato de ver mesmo como eh a cultura deles. Porem, ao mesmo tempo, estamos vivendo em uma casa que não eh e nunca será sua, e que você tem que “trata-la bem!”, lembrar-se de ser gentil com as portas e janelas porque qualquer esbarrão que você der, os donos da casa já vão te olhar meio assim como quem diz: “Cuidado com a minha casa!”
2.       Morar com os chefes!
Sabe aquele dia horrível em que tudo da errado no seu trabalho e você não vê a hora do dia terminar porque não aguenta mais ter que ficar sorrindo pro chefe e fingindo que esta tudo bem? Bom, o fingimento nunca acaba aqui! Além de a au pair morar na casa dos outros, os outros são os chefes dela e dependendo muito da relação que ela tiver com eles (se for uma relação magica, por exemplo), não terá problema em demonstrar quando esta de saco cheio e ficar bem em não ficar bem na frente deles. O que geralmente acontece eh uma au pair tentando sorrir e fingir ser feliz o tempo todo, independente dos dias ruins, dias de saudades, dias de TPM que a fazem sofrer de tempos em tempos... Sendo au pair, vc acaba de trabalhar e continua no trabalho!
3.       Morar onde não tem transporte publico!
Não que eu adore andar de ônibus pra cima e pra baixo, mas a questão eh que aqui principalmente se vc mora nos subúrbios dos EUA, só se vai a lugares se for de carro. E grande concentração das famílias que tem au pairs eh nos subúrbios. Diferentemente do Brasil, os subúrbios dos EUA são cheios de famílias de classe media alta e geralmente todos os moradores da casa que tem mais de 15, 16 anos, já tem um carro. Só que a au pair usa o carro da família e nem sempre a família se sente tranquila em dar o carro nas mãos de uma desconhecida que vem morar na casa deles. Aih, a au pair tem que ficar pedindo para usar o carro para poder ir aonde ela quiser. Às vezes a coitada precisa ir ao mercado comprar absorvente e tem que ficar dando explicação do que vai fazer só porque vai usar o carro da família. Se existisse transporte publico em tudo quanto eh lugar nesse pais desenvolvido, muita au pair poderia levar uma vida mais fácil e com bem menos cobranças.
4.       Trabalhar nos feriados
Pode ser feriado na cidade, no estado ou no pais, au pair trabalha se a família quiser que ela trabalhe! Por quê? Eu acho que pais que gostam de ser presentes se tem um dia livre, deveriam passar com os filhos! Jah não basta que au pair passa mais tempo com as crianças do que os pais, aih tem feriado e eles dormem até mais tarde e nos temos que levantar as 6 da manha pra dar café-da-manha pros anjinhos que já acordam com aquela energia! Isso me deixa muito irritada! Rs... Vir me contar esse tipo de estória eh pedir pra me ver xingar! Eu sei que existem bons pais que sabem que prover não eh a única coisa importante que eles devem fazer, também existe o participar e eh triste saber o quanto isto esta se tornando raro. Jah não basta os pais brigarem nos sábados e domingos para ver quem perde e fica com as crianças, nos raros feriados que existem aqui, fazem a au pair trabalhar e se esquecem dos filhos até às 5 horas da tarde!
5.       Receber por uma mão, perder por outra
Se você for parar na casa de uma família boa, legal e normal, eles vão te deixar usar o carro deles, a internet deles, vão colocar TV (e a cabo ainda) no seu quarto e vão te emprestar um telefone celular. Só que não! Lembre-se que nada eh seu. Geralmente o carro só pode ser dirigido até o metro mais próximo, às vezes você não pode dar carona pra ninguém, ou seja não da pra chamar azamiga pra sair se elas não tiverem como ir por conta própria! Tenho amigas que tem limite de quilometragem por mês, chegou ao limite na metade do mês, fica sem usar o carro até o próximo!
Aih você usa a internet deles e nunca se preocupa com o quanto pode ser até que eles reclamam dizendo que vc esta usando demais... Meu, até no Brasil da pra pagar um preço só por internet ilimitada, por que eh que vc vai regular o wi-fi aqui? E o celular? Tudo funciona bem até a sua host mom reclamar que vc esta mandando muita mensagem e o pelo fato do plano de vcs duas ser conjunto, vc tem que parar com as mensagens para que ela possa usar mais... Vc tem que parar ou comprar o próprio telefone. Além de que ela pode ver todos os números e horários de ligações e mensagens vindas do seu celular. Super legal!
Ahhh, a TV que eles prometeram antes do match, ainda não saiu do quarto de visitas e eles descobriram depois que vc chegou aqui que fica caro pra adicionar mais um ponto de TV a cabo!  Haha...
 
Okay gente, sei que dei uma exagerada no numero 5, vai ser difícil uma família que seja assim com tudo de mordomia que a au pair pode ter. Mas tudo que eu disse, são realidades e são coisas que odeio sim na vida de au pair. Eh claro que também existem as coisas que eu amo e a lista eh bem maior do que essa! Só que vou ter que deixar para um próximo post porque já esta ficando tarde e amanha meus anjinhos estão de pé bem cedo!
 
Ah, se vc já eh au pair, me conte o que vc odeia :)
Beijos
Su

terça-feira, 16 de abril de 2013

Eu voltei!

Eu sei que tenho sido péssima em manter algo! Eh incrível como aqui nesse pais tenho pouquíssimo animo de fazer as coisas que me proponho a fazer. Acho que existem pessoas que quando se tornam au pairs, criam dentro delas algo que determina essa experiência auperiana como ferias da vida real e acabam preguiçando durante todo o tempo que estão aqui. Para muitas coisas, eu sou uma dessas pessoas!

Desde o meu ultimo post, criei um canalzinho no you tube e resolvi vlogar! Assim como o blog, eu o abandonei! Mas eu adoro escrever! Toda vez que posto no blog, me sinto muito bem, mas me da um certo desanimo de saber que a interatividade e a tecnologia façam com que as pessoas queiram passar cada vez menos tempo absorvendo algo que precise fazer com que o cérebro trabalhe um pouco mais.

Eh assim que eu me sinto com relação ao futuro dos blogs! Afinal, tem gente que reclama de dor de cabeça depois de fazer uma leitura mínima sobre qualquer assunto, mesmo que seja algo pelo qual a pessoa leitora, apresente um certo interesse. Esse já eh meu terceiro blog. Acho que meus blogs foram por fases da minha vida...

O primeiro durou até o final da minha faculdade, talvez um pouco além disso. Depois criei um falando sobre o au pair. Esse não durou muito porque por mais que eu gostasse de escrever sobre as experiências auperianas, eu não gostava do fato do blog ser assunto fechado, além disso, muitas vezes eu queria escrever sobre assuntos que não podiam ser divulgados e acabei desanimando... Ai, resolvi começar esse, pois sinto falta de escrever, mas o vlog já estava muito famoso e logo depois do meu segundo post resolvi tentar, mas não eh a mesma coisa!

Apesar de ser legal ver o resultado do vídeo editado, com efeitinhos (como se eu fosse a expert em vlog! haha), ficar falando na frente da câmera me da um sentimento bem distante do que eu tenho quando escrevo. Aqui me sinto muito mais a vontade. Talvez pelo fato de poder ficar por trás das palavras e sem dar as caras como no vídeo... Ou porque aqui eu pouco m importo se escrevo muito, mas no you tube fico frustrada de não conseguir fazer um vídeo com menos de 5 minutos...

E por que eh que lá eu me importo e aqui eu não ligo? Acho que o you tube e as redes sociais em si, às vezes me passam uma sensação de campo de batalha. Quem tem mais curtidas, quem tem mais comentários... E apesar do blog oferecer espaço pra isso, eu não me sinto dessa maneira aqui. E já esta na hora de eu fazer o que eu gosto, sem me preocupar com quantas pessoas vão gostar do que eu gosto!

Eh claro que o reconhecimento eh ótimo. Adoro quando vejo que tenho comentários. Mas eu sempre gostei de escrever, pelo simples fato de escrever. E eu não quero ou pelo menos não tenho planos de seguir carreira como blogger ou vlogger... Mas quero manter algo. Quero manter esse blog por anos... Pois a minha fase de au pair esta quase acabando, e a fase de gente grande vai continuar lá no Brasil.

Então, cá estou eu de volta! Escrevendo sobre as coisas dessa jornada chamada vida! rs... (filosofando então?)

Até o próximo post!

Suelen