quinta-feira, 25 de abril de 2013

♫ Não tenho mais o tempo que passou... ♪


Mas tenho muito tempo?
Na ultima segunda-feira foi meu aniversario. Dia 22 de abril. Uma data importante não só porque eh a minha data (rs), mas também eh o dia do “descobrimento” do Brasil, dia da Terra, e provavelmente dia de algumas outras coisas das quais eu não sei!

A questão eh que eu fiz 25 anos. Wow! Um quarto de um século. E apesar de eu não me sentir diferente, tenho que dizer que a idade pesa. Eh engraçado porque quando eu converso com pessoas casadas e com filhos e essas pessoas já passaram dos seus 35, 40 anos, elas sempre me dizem “imagina, você eh tão novinha, tem a vida toda pela frente!”, quando conversei com minha avó no meu dia então, foi até melhor, ela me disse que minha vida esta começando agora! Então por que eh que estou sentindo algo dentro de mim me dizendo que meu tempo esta se esgotando?
Eu sei que disse que não me sinto diferente. E eu quero dizer que não me sinto velha como eu achava que estaria quando eu tinha meus 16, 17 anos e pensava no futuro. Aos 16, 17, eu tinha planos de já estar casada e com filhos aos 25. Pelo menos com um dos 3 que eu queria ter! Eu nunca fui daquele tipo de pessoa que sempre falava “Filho? Só depois dos 30 anos!”. Conforme eu fui crescendo e meus amigos também, e nos aproximávamos dos 20, 21, 22, a frase mudou para “Filho? Só depois dos 40!”. Mas pra mim não. Eh claro que eu já não pensava que teria o primeiro filho até os meus 25, mas agora que tenho 25, me pergunto se isso vai acontecer antes dos 30.
E eu nem quero ter filho agora, penso que daqui uns anos, depois de casada, estável, feliz de ter chegado aonde quero chegar na minha carreira. Só que quando eu olho pra trás e analiso o que eu fiz com a minha vida até os 25, não deixo de me perguntar quanto tempo ira levar para eu passar por tudo isso e ainda ter filho antes dos 35? Talvez? Que eh a idade máxima recomendada pelos médicos para termos o primeiro filho. Será que a medicina vai avançar o suficiente para me garantir uma gestação saudável quando eu passar dos 35? Eu espero que sim. Ou, será só por Deus que meu milagre vai acontecer sem problemas!
Eu adoro fazer aniversario! Adoro que as pessoas se lembrem de mim com carinho e me digam aquelas mesmo que poucas palavras que nos mostram o quanto somos queridas! Mas, depois dos meus 21, 22 anos, comecei a fazer essa bendita analise da minha vida e acredito que a sensação piora um pouquinho a cada ano. Acho que a coisa ficou feia mesmo depois da faculdade. Toda aquela coisa de se formar e dali nada sair... Pensar no tempo e dinheiro investido e continuar a se desiludir com a realidade profissional. Enfim, esse assunto esta meio que superado para mim. Mas foi isso que elevou o nível de preocupação com meus sonhos X tempo.
Antes de vir para os EUA, meus objetivos de vida eram basicamente carreira, casamento, filhos. Agora que eu conheci a vida com outros olhos, descobri coisas novas, aprendi, conheci, vivi... Meus objetivos vão além do que eram antigamente. Ainda há tantos lugares que quero conhecer, experiências que quero viver, gostos que quero sentir. E acho que vai ser difícil fazer isso se eu tenho que me preocupar com a hora de dormir das crianças. E pra mim a questão eh: será que eu já não deveria ter feito tudo isso? Será que eu não estou atrasada com a minha vida?
Meu programa de au pair esta quase acabando, e apesar de eu estar super empolgada com essa nova fase que vai começar de volta na minha terra, também morro de medo de não conseguir fazer tudo o que quero, antes que o tempo se acabe. Espero que seja só uma crise... Sei lá, existe crise dos 25? Quando tempo demora para eu me sentir bem? Tomara que seja rápido...
Tomara que eu ainda tenha todo o tempo do mundo!
Beijos e boa quinta-feira!
Su

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Qual é a sua graça?

“Hello, my name is Suelen. Nice to meet you!

Suelen!

Su-eh-len!
Suuuu – eehhhh – len! No, LEN!
Yes, that’s it! “
Eh tudo isso que eu digo quando me apresento a alguém aqui nos Estados Unidos! Digo tudo isso e no final estou pensando “você não passou nem perto do correto, mas fazer o que?”.
Eu não sei vocês, mas eu sempre gostei do meu nome no Brasil! E acho que agora deve estar comum porque minha mãe me disse que tinha uma Suelen em alguma novela da Globo. Não sei se o dela eh soletrado da mesma forma que o meu, mas a pronuncia eh a mesma. E quando eu era criança, raramente encontrava alguém com o mesmo nome que eu. Algumas pessoas que nunca tinham ouvido o meu nome, podiam até dizer “Sueli?”, mas eu sempre corrigia e geralmente a duvida acabava logo em seguida. No máximo, não sabiam escrever o meu nome. Mas pronuncia-lo nunca foi um problema!
Até que eu resolvi ser au pair! Começou com a minha host mom no Skype. Ela falou algo do tipo “Hi Su – ellll, how do you say your name?” Hahaha... Dou risada agora, porque na época eu não fazia ideia. Pois eu me lembro de quando eu tinha uns 13, 14 anos e tinha começado meu curso de inglês. Algumas vezes encontrava o nome “Sue” perdido em algum dialogo ou texto e eu sabia que a pronuncia era “Su”, como as 3 primeiras letras do meu nome são S, U e E, botei na minha cabeça que meu nome deveria ser americano e que o “Sue” que eu via nos livros, era abreviação de Suelen! Nunca me dei ao trabalho de perguntar a algum professor, ou de fazer uma pesquisa mais precisa no Google. As poucas vezes em que eu pesquisei, só encontrei que Suelen era variação de Sueli, e não gostei de ter um nome variado! Rs... E acho que nem fiz questão de saber aquelas coisas de significado do nome, etc.
Quando eu perguntei pra minha mãe de onde foi que ela tirou meu nome, ela disse que uma tia que ela gostava muito, tinha sugerido e que ela gostou. Diz ela que acha que a tia viu o nome em algum filme. Ou seja, nada eh certo. Não se sabe o nome do filme, se foi mesmo em um filme, quem era a atriz, se o filme era brasileiro, se meu nome foi registrado da forma correta... E eu sempre achando que Suelen deveria ser comum nos EUA! Mesmo que eu nunca tivesse ouvido esse nome em filme, serie, seriado, minissérie, documentário, propaganda, musica, ou qualquer outro tipo de mídia disponível. Dentro de mim existia uma esperança de que nesse pais, meu nome não era um nome estranho!
Ou seja, vocês devem imaginar a minha frustração quando tive que repetir meu nome tantas vezes para os primeiros norte-americanos com quem conversei! Ahhh, e não somente para os americanos, para os europeus, latinos, asiáticos. Tirando os brasileiros, ainda não conheci uma nacionalidade que saiba dizer o meu nome da forma que eu o conheço! Para piorar, existem lugares como a Starbucks que querem saber o seu nome para escrever nos copos de café deles! Meu, porque não usam um numero, uma sequencia de letras? Cores preferidas! Rs.. Qualquer coisa, mas algo que todos possam dizer e não fazer a pessoa passar por aquele momento super agradável em que todo mundo fica te olhando!
Bom, acho que depois de uns 3, 4 meses de EUA, decidi que meu nome seria Sue. Não quis saber se Sue era apelido/abreviação de Susan ou Susana, que foram os únicos nomes que eu descobri terem Sue como apelido, eu primeiro digo “Sue” e se a pessoa pergunta, digo o nome do jeito que ele eh, tentando fazer cara de gentil enquanto repito meu nome algumas varias vezes, até que a pessoa quase acerta e eu digo um “good job!” pra ela ficar feliz! Hahaha...
E vocês? Jah passaram por situações parecidas com seus nomes? Gostam mais dos seus nomes no Brasil ou em outros lugares do mundo?
xoxo
SU – EH – LEN

quarta-feira, 17 de abril de 2013

5 coisas que odeio em ser au pair


Vocês sabem que esse negocio de ser au pair eh bem louco. Tem horas que nos sentimos as pessoas mais realizadas do mundo por estar vivendo num dos países mais importantes na face da terra, e tem horas que a gente vive se perguntando por que raios resolveu morar de favor na casa dos outros!
Eh claro que “de favor” eh só maneira de dizer, afinal a gente trabalha e paga caro por isso.  Mas acho que para muitas famílias, esse eh o pensamento que se sobressai , o de que a au pair tem mais eh que agradecer o teto que tem sobre a cabeça... Eh cada uma viu?!
Hoje eu vou falar de coisas que odeio na vida de au pair.
1.       Morar na casa dos outros!
Eu juro que achei que isso sempre fosse uma das coisas que eu mais iria gostar em ser au pair. Afinal, que maneira mais fácil de vivenciar a cultura americana, se não morando com os americanos? Não vou dizer que não suporto, porque existem muitos lados positivos nisso, como não pagar aluguel, não gastar com comida, não se preocupar com as contas da casa... Fora o fato de ver mesmo como eh a cultura deles. Porem, ao mesmo tempo, estamos vivendo em uma casa que não eh e nunca será sua, e que você tem que “trata-la bem!”, lembrar-se de ser gentil com as portas e janelas porque qualquer esbarrão que você der, os donos da casa já vão te olhar meio assim como quem diz: “Cuidado com a minha casa!”
2.       Morar com os chefes!
Sabe aquele dia horrível em que tudo da errado no seu trabalho e você não vê a hora do dia terminar porque não aguenta mais ter que ficar sorrindo pro chefe e fingindo que esta tudo bem? Bom, o fingimento nunca acaba aqui! Além de a au pair morar na casa dos outros, os outros são os chefes dela e dependendo muito da relação que ela tiver com eles (se for uma relação magica, por exemplo), não terá problema em demonstrar quando esta de saco cheio e ficar bem em não ficar bem na frente deles. O que geralmente acontece eh uma au pair tentando sorrir e fingir ser feliz o tempo todo, independente dos dias ruins, dias de saudades, dias de TPM que a fazem sofrer de tempos em tempos... Sendo au pair, vc acaba de trabalhar e continua no trabalho!
3.       Morar onde não tem transporte publico!
Não que eu adore andar de ônibus pra cima e pra baixo, mas a questão eh que aqui principalmente se vc mora nos subúrbios dos EUA, só se vai a lugares se for de carro. E grande concentração das famílias que tem au pairs eh nos subúrbios. Diferentemente do Brasil, os subúrbios dos EUA são cheios de famílias de classe media alta e geralmente todos os moradores da casa que tem mais de 15, 16 anos, já tem um carro. Só que a au pair usa o carro da família e nem sempre a família se sente tranquila em dar o carro nas mãos de uma desconhecida que vem morar na casa deles. Aih, a au pair tem que ficar pedindo para usar o carro para poder ir aonde ela quiser. Às vezes a coitada precisa ir ao mercado comprar absorvente e tem que ficar dando explicação do que vai fazer só porque vai usar o carro da família. Se existisse transporte publico em tudo quanto eh lugar nesse pais desenvolvido, muita au pair poderia levar uma vida mais fácil e com bem menos cobranças.
4.       Trabalhar nos feriados
Pode ser feriado na cidade, no estado ou no pais, au pair trabalha se a família quiser que ela trabalhe! Por quê? Eu acho que pais que gostam de ser presentes se tem um dia livre, deveriam passar com os filhos! Jah não basta que au pair passa mais tempo com as crianças do que os pais, aih tem feriado e eles dormem até mais tarde e nos temos que levantar as 6 da manha pra dar café-da-manha pros anjinhos que já acordam com aquela energia! Isso me deixa muito irritada! Rs... Vir me contar esse tipo de estória eh pedir pra me ver xingar! Eu sei que existem bons pais que sabem que prover não eh a única coisa importante que eles devem fazer, também existe o participar e eh triste saber o quanto isto esta se tornando raro. Jah não basta os pais brigarem nos sábados e domingos para ver quem perde e fica com as crianças, nos raros feriados que existem aqui, fazem a au pair trabalhar e se esquecem dos filhos até às 5 horas da tarde!
5.       Receber por uma mão, perder por outra
Se você for parar na casa de uma família boa, legal e normal, eles vão te deixar usar o carro deles, a internet deles, vão colocar TV (e a cabo ainda) no seu quarto e vão te emprestar um telefone celular. Só que não! Lembre-se que nada eh seu. Geralmente o carro só pode ser dirigido até o metro mais próximo, às vezes você não pode dar carona pra ninguém, ou seja não da pra chamar azamiga pra sair se elas não tiverem como ir por conta própria! Tenho amigas que tem limite de quilometragem por mês, chegou ao limite na metade do mês, fica sem usar o carro até o próximo!
Aih você usa a internet deles e nunca se preocupa com o quanto pode ser até que eles reclamam dizendo que vc esta usando demais... Meu, até no Brasil da pra pagar um preço só por internet ilimitada, por que eh que vc vai regular o wi-fi aqui? E o celular? Tudo funciona bem até a sua host mom reclamar que vc esta mandando muita mensagem e o pelo fato do plano de vcs duas ser conjunto, vc tem que parar com as mensagens para que ela possa usar mais... Vc tem que parar ou comprar o próprio telefone. Além de que ela pode ver todos os números e horários de ligações e mensagens vindas do seu celular. Super legal!
Ahhh, a TV que eles prometeram antes do match, ainda não saiu do quarto de visitas e eles descobriram depois que vc chegou aqui que fica caro pra adicionar mais um ponto de TV a cabo!  Haha...
 
Okay gente, sei que dei uma exagerada no numero 5, vai ser difícil uma família que seja assim com tudo de mordomia que a au pair pode ter. Mas tudo que eu disse, são realidades e são coisas que odeio sim na vida de au pair. Eh claro que também existem as coisas que eu amo e a lista eh bem maior do que essa! Só que vou ter que deixar para um próximo post porque já esta ficando tarde e amanha meus anjinhos estão de pé bem cedo!
 
Ah, se vc já eh au pair, me conte o que vc odeia :)
Beijos
Su

terça-feira, 16 de abril de 2013

Eu voltei!

Eu sei que tenho sido péssima em manter algo! Eh incrível como aqui nesse pais tenho pouquíssimo animo de fazer as coisas que me proponho a fazer. Acho que existem pessoas que quando se tornam au pairs, criam dentro delas algo que determina essa experiência auperiana como ferias da vida real e acabam preguiçando durante todo o tempo que estão aqui. Para muitas coisas, eu sou uma dessas pessoas!

Desde o meu ultimo post, criei um canalzinho no you tube e resolvi vlogar! Assim como o blog, eu o abandonei! Mas eu adoro escrever! Toda vez que posto no blog, me sinto muito bem, mas me da um certo desanimo de saber que a interatividade e a tecnologia façam com que as pessoas queiram passar cada vez menos tempo absorvendo algo que precise fazer com que o cérebro trabalhe um pouco mais.

Eh assim que eu me sinto com relação ao futuro dos blogs! Afinal, tem gente que reclama de dor de cabeça depois de fazer uma leitura mínima sobre qualquer assunto, mesmo que seja algo pelo qual a pessoa leitora, apresente um certo interesse. Esse já eh meu terceiro blog. Acho que meus blogs foram por fases da minha vida...

O primeiro durou até o final da minha faculdade, talvez um pouco além disso. Depois criei um falando sobre o au pair. Esse não durou muito porque por mais que eu gostasse de escrever sobre as experiências auperianas, eu não gostava do fato do blog ser assunto fechado, além disso, muitas vezes eu queria escrever sobre assuntos que não podiam ser divulgados e acabei desanimando... Ai, resolvi começar esse, pois sinto falta de escrever, mas o vlog já estava muito famoso e logo depois do meu segundo post resolvi tentar, mas não eh a mesma coisa!

Apesar de ser legal ver o resultado do vídeo editado, com efeitinhos (como se eu fosse a expert em vlog! haha), ficar falando na frente da câmera me da um sentimento bem distante do que eu tenho quando escrevo. Aqui me sinto muito mais a vontade. Talvez pelo fato de poder ficar por trás das palavras e sem dar as caras como no vídeo... Ou porque aqui eu pouco m importo se escrevo muito, mas no you tube fico frustrada de não conseguir fazer um vídeo com menos de 5 minutos...

E por que eh que lá eu me importo e aqui eu não ligo? Acho que o you tube e as redes sociais em si, às vezes me passam uma sensação de campo de batalha. Quem tem mais curtidas, quem tem mais comentários... E apesar do blog oferecer espaço pra isso, eu não me sinto dessa maneira aqui. E já esta na hora de eu fazer o que eu gosto, sem me preocupar com quantas pessoas vão gostar do que eu gosto!

Eh claro que o reconhecimento eh ótimo. Adoro quando vejo que tenho comentários. Mas eu sempre gostei de escrever, pelo simples fato de escrever. E eu não quero ou pelo menos não tenho planos de seguir carreira como blogger ou vlogger... Mas quero manter algo. Quero manter esse blog por anos... Pois a minha fase de au pair esta quase acabando, e a fase de gente grande vai continuar lá no Brasil.

Então, cá estou eu de volta! Escrevendo sobre as coisas dessa jornada chamada vida! rs... (filosofando então?)

Até o próximo post!

Suelen